O estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, deve concluir em julho a limpeza das áreas afetadas pela enchente do lago Guaíba. A expectativa da direção do Internacional é que o estádio esteja apto para receber partidas no próximo mês. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) pelo 3º vice-presidente do Internacional, Victor Grunberg.
A elevação do Guaíba inundou todo o térreo do Beira-Rio, destruindo o gramado e atingindo vestiário, áreas administrativos e de tecnologia da informação. A água chegou a 60 centímetros em cima do campo. O plantio da grama está avançando e deve estar concluído em dez dias.
“Nosso principal gargalo sem dúvida nenhuma é TI [tecnologia da informação]. Infra, rede, internet, cabeamento”, diz Grunberg. A área tecnológica fica no primeiro pavimento, debaixo das arquibancadas próximas ao portão 3, e foi alagada. “A gente está descobrindo aos poucos o material que foi perdido e fazendo o restabelecimento”.A expectativa é que esses trabalhos sejam concluídos no fim de junho.
O prazo original para reabertura do estádio era agosto e foi adiantado devido à agilidade nas ações de limpeza, feita em três turnos. Segundo o clube, são aproximadamente 600 pessoas envolvidas em todas as operações de limpeza no estádio e no CT (centro de treinamentos) Parque Gigante.
A higienização avançou desde o início das operações, mas ainda há resquícios de lama e a marca da água nas áreas internas e externas. A limpeza deve ser concluída no fim desta semana.
Paredes de MDF ficaram parcialmente estufadas, e o gramado sintético ao redor do campo terá que ser substituído. Parte do mobiliário está em processo de recuperação, como os bancos dos jogadores reserva. O clube ainda avalia os danos no sistema de som e vídeo do estádio, e fará a troca dos equipamentos técnicos da sala de coletiva de imprensa.
“A nossa prioridade é que a gente tenha totais condições para executar uma partida. Eventualmente alguma parte de mobília não vai estar pronta, talvez vai estar com uma catraca reduzida, os bares que são permissionários da Brio pode ser que alguém não consiga abrir”, disse.
“Conseguindo administrar bem o complexo, tendo gramado, tendo catraca, tendo essa parte de TI, nós vamos fazer jogo. Nossa prioridade é voltar para campo”.
O Inter joga dia 3 contra o Juventude pela Copa do Brasil e dia 24 contra o argentino Rosario Central pela Copa Sul-americana, mas o clube evita trabalhar com um dia preciso para reabertura.
Ainda não há uma previsão de custos para cobrir os prejuízos, mas a estimativa é de R$ 35 milhões. Entretanto, Grunberg diz que o clube está “bem coberto” em relação ao seguro.