‘Clareza e transparência’: paraibano promete se posicionar após demissão da seleção de basquete
Diego Falcão foi demitido após fazer publicações a favor da PL 1.904, que segue em curso na Câmara dos Deputados
24 de junho de 2024

O agora ex-preparador físico da seleção brasileira feminina de basquete, Diego Falcão, se pronunciou pela primeira vez após a demissão da equipe. O motivo do seu desligamento foram algumas postagens contrárias ao aborto nas redes sociais, incluindo até mesmo aquelas em caso de estupro.

Neste domingo, o paraibano se pronunciou pela primeira vez. Em sua publicação, ele contou que ficou bastante emocionado com o apoio que vem recebendo e prometeu um posicionamento oficial após a sua saída do time canarinho.

“Quero agradecer de coração a todos que me enviaram mensagens positivas, ligaram e manifestaram publicamente seu apoio. No início, foi muito difícil assimilar tudo, mas o apoio de vocês me EMOCIONOU profundamente. Em breve, vou falar com vocês, como sempre fiz na minha vida, me posicionar com clareza e transparência. Obrigado por estarem ao meu lado nesse momento. Não brinquem com as coisas de DEUS!”, disse.

Diego Falcão, ex-preparador físico da seleção feminina de basquete. (Foto: Reprodução/Instagram)

Diego estava com a seleção brasileira desde 2019 e conquistou o bicampeonato nos Jogos Pan-Americanos. No entanto, as postagens do preparador causaram uma “quebra de confiança” com as atletas da seleção. As jogadoras pediram à direção do feminino a saída de Falcão, que não será mais parte da equipe técnica nas próximas convocações.

A saída de Diego Falcão acontece diante de um cenário de bastante polêmica e tensão na Câmara dos Deputados. Um debate público sobre o PL 1.904, da ala mais conservadora do Congresso, que equipara o aborto ao crime de homicídio, mesmo caso a mulher tenha engravidado vítima de um estupro, está em curso e foi aprovado com urgência.

A ideia do PL 1904/24 é que exista punição para situações em que a interrupção da gravidez seja realizada após 22 semanas de gestação. A pena seria equivalente à do crime de homicídio simples: de seis a 20 anos de prisão.

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