O Campinense chega para o confronto contra o CSP, marcado para este domingo (25), às 16h, no Amigão, precisando dar uma resposta imediata no Campeonato Paraibano 2024.
Nos cinco jogos disputados até agora, a Raposa conquistou apenas cinco pontos, ficando próxima da zona do rebaixamento, ocupando a sétima posição, com um ponto a mais do que o São Paulo Crystal, primeiro time dentro da zona de rebaixamento. Por conta disso, o duelo contra o Tigre, oitavo colocado, com apenas um ponto a menos que o Rubro-Negro, pode ser considerado uma decisão.
O time de Campina Grande não chegou nesta situação por acaso. Os problemas internos, que se arrastam desde o ano passado, contribuíram para que o clube não apresentasse boas perspectivas para o seu torcedor durante a disputa do estadual.
Elenco curto
Ainda no começo da pré-temporada, o técnico Francisco Diá sempre destacou em suas entrevistas que o elenco do Campinense não tinha a quantidade de jogadores suficientes para o estadual – que, inclusive, é única disputa prevista no calendário do time para 2024.
Apesar das cobranças públicas do treinador, a diretoria raposeira demorou a atender os pedidos de Diá. Tanto que, em boa parte do período de preparação, o elenco contava com uma média de apenas 20 jogadores.
Agora, o comandante trabalha com uma média de 25 atletas, que, ainda assim, não têm suprido as expectativas tecnicamente e também nos resultados.
Problemas na diretoria
Desde o fim do ano passado, os problemas internos têm sido protagonistas do dia a dia do Campinense. O atual presidente, Lênin Corrêa, acabou tomando posse após uma decisão judicial, o que gerou, de antemão, muitas contestações nos bastidores do clube.
Rômulo Leal havia sido eleito, mas o atual presidente entrou na Justiça solicitando uma eleição complementar, alegando que alguns sócios não puderam votar. Após a contagem dos novos votos, o empresário ultrapassou Rômulo, e a Justiça determinou que ele tomasse posse como presidente.
Internamente, Lênin tinha o apoio do ex-presidente de William Simões. No entanto, na semana passada, William saiu do grupo, se afastou do clube e deu ainda mais nitidez ao isolamento político do atual mandatário.
Greve dos jogadores e desentendimentos
Às vésperas do duelo contra o Sousa, pela 5ª rodada do Paraibano, os jogadores do Campinense alegaram que os salários deles e de funcionários estavam atrasados. Como forma de protesto, eles não treinaram no dia 12 de fevereiro, deixando o clima ainda mais pesado dentro do clube. A diretoria se defendeu, afirmando que o atraso havia sido de apenas três dias.
Outro episódio que evidenciou esse ruído entre jogadores e diretoria foi o afastamento e, consequentemente, o desligamento do atleta Luan Santos. O camisa 10 da Raposa era considerado o principal jogador do time e chegou ao elenco num “chapéu” do clube no Botafogo-PB, após ele ser anunciado como contratação do clube da capital.
A turbulência entre clube e atleta foi iniciada antes do jogo contra o São Paulo Crystal, pela 2ª rodada do Paraibano. É que, de acordo com o clube, Luan não foi relacionado para a partida por problemas de indisciplina com a comissão técnica.
No jogo seguinte, no clássico contra o Belo, o meia alfinetou a diretoria e afirmou que o problema não era com o treinador. Alguns dias depois, o atacante deixou o clube.