Na história do Fortaleza, há um antes e depois de Juan Pablo Vojvoda. Neste domingo, com mais sofrimento que o esperado, o Leão conquistou o seu tricampeonato da Copa do Nordeste, o segundo com o argentino, dono agora de cinco títulos no comando do clube.
Desconhecido no Brasil e com uma carreira modesta, Vojvoda foi uma aposta ousada da diretoria tricolor em 2021. Mesmo ela tinha poucas – embora boas – referências sobre o argentino. Ninguém esperava o sucesso que estava por vir.
Logo no primeiro ano, Vojvoda conquistou seu primeiro título. O Cearense. Mas o seu maior feito foi outro: a conquista da vaga inédita na fase de grupos da Copa Libertadores.
A sequência de títulos não teria folga em 2022. Mais uma vez campeão Cearense. Desta vez, também campeão da Copa do Nordeste. Recolocou o clube na Libertadores, mas desta vez na fase preliminar, em que acabou eliminado.
Em 2023, Vojvoda conquistou seu quarto título com o Fortaleza: o tri cearense. E voltou a fazer história internacional com a final inédita da Copa Sul-Americana. A frustração veio nos pênaltis, com derrota para a LDU de Quito.
Vojvoda teve seus momentos de críticas e dificuldades durante todo esse período. Chegou a terminar o primeiro turno do Brasileirão de 2022 na lanterna, apenas para se recuperar de forma sensacional no segundo turno. O argentino nunca deixou os braços da torcida, mesmo nos momentos mais duros, e seu time sempre acabou por dar resposta.
Cobiçado por outros clubes tradicionais e com mais aporte financeiro, Vojvoda seguiu todo esse tempo fiel ao Fortaleza, o clube que adotou como seu. Quando decidir sair – ou for forçado a isso – o fará como um dos nomes mais importantes da história tricolor.