Treze garante que exames cardíacos de Everton Heleno apresentam “gravidade moderada”
Galo diz que só se posicionou, por causa do pronunciamento do atleta e que “é preciso resguardar a verdade”
11 de abril de 2025

A polêmica sobre a condição de saúde do meia Everton Heleno continua. Depois do jogador desmentir o clube sobre um possível problema cardíaco, a diretoria do Galo da Borborema publicou uma nota afirmando que exames realizados pelo departamento médico do clube constataram um quadro de “alterações de isquemia miocárdica com moderada gravidade”.

Na publicação feita no perfil do Treze no Instagram, o clube garantiu que só decidiu se pronunciar por causa do “pronunciamento público do atleta diante do ocorrido” e que, por isso, “é preciso resguardar a verdade”.

Em relação aos exames, o Galo da Borborema disse que foram verificadas “alterações importantes” em uma avaliação cardiológica preliminar e que, após exames mais especializados, foi confirmada a gravidade das alterações, o atleta passou a utilizar medicação e com isso “foram evidenciadas alterações de isquemia miocárdica com moderada gravidade”.

No final da nota, o Treze garante que “exames de épocas anteriores […] já mostravam as mesmas lesões em ECG (ecocardiograma)” e que, por causa da situação do atleta, que foi constatada após novos exames, a diretoria do Galo tem dado “total suporte tanto de realização de exames especializados, quanto de apoio de saúde mental”.

Confira a íntegra da nota publicada pelo Treze:

Em primeiro lugar, é preciso registrar que todo o processo de investigação pré-contratual da condição de saúde do atleta foi conduzido com as necessárias reservas de confidencialidade e privacidade médica, esportiva e profissional. Todos os exames foram realizados sob esse princípio, com o conhecimento apenas do Clube, do Atleta e de sua família, como ele próprio poderá confirmar. O Clube tem a noção do impacto que a situação pode causar na vida e na carreira dos envolvidos, e sempre teve a preocupação de não expor qualquer das partes com qualquer divulgação de informações além das estritamente necessárias.

Com o pronunciamento público do atleta diante do ocorrido, é preciso resguardar a verdade. O relato está todo respaldado e registrado pelo Clube em exames, comunicados e por testemunhas. Apesar disso, seguindo a mesma ética médica e profissional, nenhum destes registros será divulgado em público a menos que o Treze necessite disso para se resguardar de responsabilidade.

Aliás, foi exatamente para resguardar a responsabilidade pela integridade e pela vida de uma pessoa e de um atleta que o Treze, ainda em fase pré-contratual, seguiu à risca os protocolos exigidos pelo departamento médico do Clube, alinhado com as melhores práticas de saúde desportiva nacionais e internacionais.

Verificaram-se em uma primeira avaliação cardiológica (ECG), alterações importantes cujo exame precisava ser aprofundado antes de uma admissão, conforme o protocolo. O prosseguimento da investigação apontou para a necessidade de um exame mais especializado. Realizado, este exame (ressonância) confirmou a gravidade das alterações. Mais exames foram feitos, em que se induziram no atleta, através de medicação, condições semelhantes ao desempenho de atividades de alto rendimento. Nestas condições, foram evidenciadas alterações de isquemia miocárdica com moderada gravidade.

Importante registrar que durante todo – rigorosamente todo – o período, foi detalhado para o atleta tudo o que estava sendo investigado e dando total suporte tanto de realização de exames especializados, quanto de apoio de saúde mental. Também é fundamental salientar que o clube solicitou exames de épocas anteriores, que já mostravam as mesmas lesões em ECG, inclusive com laudo de “alterações de repolarização ventricular”.

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Foto: Daniel Vieira / Treze

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