O clima nos bastidores do Botafogo-PB, que já não está bom por causa da má campanha na Série C do Campeonato Brasileiro, ganhou mais um capítulo nesta semana. Aliados, até então, no projeto da SAF do Belo, o CEO Alexandre Gallo e o empresário Fillipe Félix teriam rompido relações após acontecimentos recentes.
A informação foi publicada pelo jornalista Élison Silva, em sua conta no X (antigo Twitter).
De acordo com a publicação, “o jornalista Adelton Alves, durante o programa Paraíba Agora, da Rádio POP FM, afirmou que o CEO da SAF do Botafogo-PB, Alexandre Gallo, teria rompido relações com Fillipe Félix, principal investidor da Belo Holding, empresa responsável pela gestão financeira do futebol alvinegro”.
A informação é que “a ruptura entre os dois sócios da SAF seria considerada irreversível e a expectativa é de que Gallo, junto ao executivo de futebol Fausto Momente — seu braço direito na estrutura esportiva do clube —, deixe oficialmente o comando do departamento de futebol logo após a partida contra o São Bernardo, marcada para a próxima segunda-feira (8), no Estádio Almeidão”.
Ainda na publicação, Élison Silva afirmou que “o rompimento teria sido motivado por divergências internas e pessoais, além de problemas de alinhamento estratégico e de comunicação. Recentemente, Fillipe Félix publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirmou que, para sair do “deserto”, seria preciso “vergonha na cara, trabalho duro e oração”. A declaração repercutiu internamente e, segundo fontes, teria incomodado membros da gestão técnica, incluindo Gallo”.
É preciso “vergonha na cara” e “trabalho duro”
No início da semana, o empresário Fillipe Félix, famoso por suas postagens estilo “coach”, publicou um vídeo em suas redes sociais, fazendo um paralelo entre o bom momento dos seus negócios e a má fase do Belo dentro de campo. Ele afirmou, com um semblante feliz e sorrindo, que para o time sair dessa situação, que ele classifica como “deserto”, é preciso “vergonha na cara” e “trabalho duro”.
Fillipe fez uma relação dos resultados obtidos em suas empresas. Depois, ele foi categórico ao falar sobre como enfrentar momentos difíceis, apresentando uma espécie de “receita” para o Botafogo-PB.
“Sei que no futebol as coisas estão um pouco difíceis, mas vamos trabalhar. Eu aprendi que a melhor forma de você sair do deserto é: primeira coisa, vergonha na cara. Segundo passo: trabalho duro, oração, treinamento”, afirmou.

Janela frustrada de contratações
O torcedor do Belo aguardou com muita expectativa a chegada de reforços, durante o período da janela de contratações. Alexandre Gallo afirmou que a SAF estava no mercado, com o objetivo de trazer para o CT da Maravilha do Contorno, jogadores das séries A e B do futebol brasileiro.
Entretanto, o que se viu foram contratações advindas de competições como Série D, Série A2 do Campeonato Paulista e Segunda Divisão do futebol da Tailândia.
Foram contratados o lateral-esquerdo Felippe Borges, os zagueiros Léo Santos e Andrés Robles, os volantes Caio Garcia e Balão, e o atacante João Diogo
Três técnicos em seis meses
Dentro de campo, o cenário também não é bom. O clube ocupa atualmente a 17ª colocação da Série C, dentro da zona de rebaixamento, e vai para o seu quarto técnico somente nesta temporada. Após as saídas de João Burse, Antônio Carlos Zago e Márcio Fernandes, o Belo entrará em campo na segunda-feira (7) sob o comando do, até então, auxiliar técnico Zé Carlos.
Nos bastidores, o que se comenta é que ele tem bom relacionamento com o elenco e, por causa da dificuldade de contratar um novo técnico, que atenda o projeto do clube, Zé Carlos pode ser efetivado até o final da temporada, a depender do resultado da partida contra o São Bernardo-SP.
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Fotos: Cristiano Santos e Divulgação