A partida que marcou o reencontro do Sousa e do Red Bull Bragantino na Copa do Brasil terminou em confusão e xingamentos. Após ser eliminado pelo Massa Bruta nas penalidades, a discussão entre os dirigentes e os jogadores Dino contra a arbitragem foi capitaneada pelo presidente Aldeone Abrantes, que criticou o árbitro da partida. A reclamação era a respeito do tempo de acréscimo no fim da partida. Na súmula, Caio Max Augusto (CBF-GO) afirmou que a equipe de arbitragem sofreu ameaças e ofensas depois da partida.
No fim do tempo regulamentar do jogo, o árbitro Caio Max deu oito minutos de acréscimos, já questionados pelo Dino. A reclamação piorou com o minuto a mais, que levou o jogo até os 54 e que resultou no empate. A justificativa do árbitro foi a respeito de situações que atrapalharam o tempo regular da partida, como as paradas para substituições e o atraso na reposição de bolas.
Em súmula, Caio Max afirmou que ele e os demais membros da equipe de arbitragem foram impedidos de sair de campo devido a presença de pessoas no gramado. Segundo ele, a maioria dos invasores estavam vestidos com a camisa do Sousa. A equipe, então, teria ficado no centro do campo cercada pela polícia. Max também falou das ofensas sofridas, como “Ladrão, vocês não vão sair vivos daqui”, que, de acordo com Caio, gerou “receio pela nossa integridade física”. Entre as pessoas, o árbitro disse que uma delas era Aldeone, também destacando as palavras do presidente do Dino e destacando a presença de outros envolvidos.
‘Ladrão, safado, corrupto, você tem que levar uma surra. Eu vou te processar. Você roubou 1 milhão da gente’. Cumpro informar que devido ao grande número de pessoas presentes no campo não foi possível identificar todos envolvidos, além das pessoas já citadas nesse relatório e no relatório de não realização da partida, pontuou.

Além da equipe de arbitragem, o árbitro afirmou que jogadores e integrantes da comissão técnica do Red Bull Bragantino também ficaram presos dentro de campo e precisaram ser escoltados pela equipe de policiamento. Ainda em relato, quando os atletas se aproximaram do vestiário, foram arremessadas garrafas com água. De acordo com Caio, os objetos vinham da arquibancada central em que ficava a torcida do Sousa.
Max Augusto reforçou que ele e o restante da equipe de arbitragem esperaram um longo tempo até conseguirem ir para o túnel de acesso ao vestiário. Durante essa passagem, outras garrafas foram arremessadas, também vindas da direção da arquibancada do Dinossauro do Sertão. Uma delas, segundo ele, atingiu a sua perna. O árbitro também falou sobre a situação que estava o vestiário quando chegaram ao local.
Após conseguirmos chegar à porta de nosso vestiário, escoltados pela polícia, fomos surpreendidos com a porta arrombada e nossos pertences revirados, como malas e mochilas e outros pertences fora do lugar, tendo sido danificado um óculos pertencente ao quarto árbitro da partida, como pode ser visto nas imagens em anexo à súmula, afirmou.
O Sousa vencia por 1 a 0 o RBB e estava garantindo a vaga na segunda fase. Entretanto, com o resultado da partida no tempo regulamentar em 1 a 1, a decisão ficou para os pênaltis. O Dino foi o primeiro a reverter as penalidades, mas, na última batida, Luan Rodrigues bateu mal e o goleiro Cleiton defendeu. A vaga na segunda fase ficou para o Bragantino, que acertou todas as cobranças.
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Foto: Jefferson Emmanuel