Mesmo sem mais competições oficiais para disputar com o elenco profissional nesta temporada, os próximos meses prometem ser movimentados nos bastidores do Campinense. Isso porque uma ação na Justiça pode fazer com que os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Raposa sejam empossados.
O sócio-patrimonial do clube, Mércio Franklin, acionou a Justiça requerendo uma liminar para que os membros eleitos dos conselhos sejam conduzidos aos seus cargos.
Mércio alega que ele e os outros sócios estão sendo prejudicados pela falta de transparência, já que os conselhos responsáveis por deliberar, legislar e fiscalizar a gestão do clube não estão atuando.
Após a renúncia de alguns membros da diretoria executiva ao longo do ano passado, hoje, o Campinense é administrado pelo presidente, Flávio Torreão, e pelo diretor de patrimônio, Rildo Vaz.

“Sem os conselhos, não existe prestação de contas, falta transparência e democracia no clube, não temos a quem recorrer. Os conselheiros são os nossos representantes legais dentro da instituição. Sem eles, estamos desprovidos de representação e tivemos todos os nossos direitos estatutários retirados. Deixamos de ser uma associação para entrar em um estado de ‘ditadura’ sem a existência dos órgãos legislador e fiscalizador do clube”, disse Mércio.
A ação foi distribuída para a 5ª Vara Cível, mas deve seguir para a 1ª Vara Cível de Campina Grande, que tem como juíza titular, Ritaura Rodrigues Santana, que já deliberou outros processos envolvendo as eleições do Campinense.
Entenda a situação
A eleição para a diretoria executiva e para os Conselhos Deliberativo e Fiscal do Campinense aconteceu em outubro de 2023. Rômulo Leal foi eleito inicialmente para o cargo de presidente. No entanto, o candidato da oposição, Lênin Correa, entrou com uma ação na Justiça pedindo que fosse feita uma eleição complementar para que oito sócios pudessem registrar os seus votos.
A Justiça acatou o pedido e após os votos complementares, Lênin ultrapassou Rômulo Leal e foi eleito para a presidência da Raposa, após confirmação judicial.
Durante o processo, Mércio Franklin era o secretário da Comissão Eleitoral. Porém, ele acabou deixando o cargo após ter sofrido ataques de Lênin Corrêa.

O então presidente eleito, Lênin, não chegou a completar um ano à frente do clube. Com uma gestão cheia de polêmicas, ele renunciou em maio de 2024. Em seu lugar, a Justiça determinou que o vice, Flávio Torreão, assumisse a administração da Raposa.
Desde então, em meio aos imbróglios políticos e judicias envolvendo as eleições do Campinense, os 21 membros do Conselho Deliberativo e os três do Fiscal não assumiram os postos para que foram eleitos.
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Foto: Estefinho Francelino / Campinense