A paraibana Carolina Pires, aluna do oitavo período de Educação Física na Uninassau, em João Pessoa, vive um momento especial em 2024. Prestes a concluir a graduação, ela se prepara para o que pode ser sua despedida dos Jogos Universitários Brasileiros de Praia (JUBs Praia). Carolina, de 22 anos, já conquistou um título no handebol de praia na edição de 2022, em Canoa Quebrada (Ceará), e um terceiro lugar em 2021, em Aracaju.
Neste ano, a atleta chegou à Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro, com um currículo diferenciado. Isso porque, recentemente, ela foi convidada a participar de um torneio exibição de handebol de praia em Paris, durante os Jogos Olímpicos. Emocionada, Carolina descreveu a experiência como “uma sensação única”. Ela passou duas semanas na França, onde, junto a outros atletas, apresentou a modalidade ao público francês em um evento especial realizado em Créteil, nos arredores de Paris.
“Muita gente pergunta como é, como faz para quicar a bola na areia e a gente está acostumado a explicar que não, só precisa passar a bola (risos). Nosso intuito era proporcionar um espetáculo, mostrar a magia do handebol de areia”, revela a jovem.
Apesar de jovem, Carolina já é veterana no handebol de praia, esporte que começou a praticar aos cinco anos, inspirada por sua mãe, Cinthya Piquet, que também é atleta e companheira de equipe na seleção brasileira, uma das melhores do mundo. Mesmo que o handebol de praia ainda não faça parte do programa dos Jogos Olímpicos, Carolina mantém o sonho de um dia representar o Brasil nessa modalidade.
“Por eu ser muito nova, acredito que ainda existe chance. Outras três meninas do Brasil, todas com muito tempo de seleção, estiveram junto comigo na França e elas brincavam, dizendo que eu ia chegar lá. Quem sabe a partir de 2032”, disse.
Agora, de volta ao Brasil, Carolina se concentra no JUBs Praia, onde será uma das referências tanto para sua equipe quanto para o evento como um todo. Com a experiência adquirida em Paris, ela se sente preparada para assumir a responsabilidade de guiar e motivar outros jovens atletas universitários.
“Gosto de assumir essa responsabilidade. Quero passar para minhas colegas toda a motivação e as dicas que puder, dentro e fora do jogo”, concluiu.