O atleta Edival Pontes entrou para a seleta lista de paraibanos medalhistas olímpicos. Isso porque, nessa quinta-feira (8), Netinho conquistou o terceiro lugar na disputa do Taekwondo ao vencer o espanhol Javeir Perez Polo, por 2 rounds a 1.
Emocionado após o fim dos Jogos Olímpicos, Netinho Marques falou da importância do feito conquistado em solo francês, justamente meses depois de passar por um momento difícil que atravessou na carreira.
“É inexplicável até o momento, porque sempre foi um sonho meu estar nas Olimpíadas. Consegui realizar esse sonho em Tóquio, mas aqui eu já estava com uma visão diferente. Já tinha realizado o meu sonho de ir para a Olimpíada e, por isso, aqui não fazia sentido vir e não querer essa medalha. Então, graças a Deus, conseguimos. Foi muito complicado, muito difícil, porque não dependia só de mim, dependia também de um adversário que eu havia perdido na primeira luta. Mas, graças a Deus, deu tudo certo. Agora, muita emoção. A ficha ainda não caiu completamente, mas, aos poucos, está caindo, e estamos muito felizes por trazer essa medalha para a Paraíba e para o Brasil”
Entrou para a história
O paraibano se tornou o terceiro taekwondista brasileiro a conquistar uma medalha olímpica para a modalidade. Netinho se juntou à Natália Falavigna (bronze em Pequim 2008) e ao Maicon Siqueira (bronze na Rio 2016).
Além disso, o bronze consagrou a melhor participação de Netinho em Jogos Olímpicos, já que em Tóquio 2020, o paraibano foi eliminado nas oitavas de final.
Volta por cima após o doping
O paraibano viveu um drama antes de chegar às Olimpíadas de Paris. Em outubro de 2023, o lutador foi pego em exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de Santiago. Com muito esforço jurídico, Netinho conseguiu que sua pena fosse reduzida para apenas um mês. Em fevereiro, voltou a treinar e garantiu a classificação ao maior evento poliesportivo do mundo, que viria, meses depois, conquistar uma medalha de bronze.