O futebol paraibano perdeu nesta terça-feira (16), em João Pessoa, o ex-lateral esquerdo do Botafogo-PB, Marquinhos. Nome importante na história do Belo nas décadas de 70 e 80, ele tinha 68 anos e fez parte do time considerado ‘o Matador de Tri’, elenco que bateu o Flamengo de Zico em pleno Estádio Maracanã.
O historiador paraibano Serpa di Lorenzo, em uma edição da coluna Causos e Lendas do Futebol Paraibano, retratou um pouco da carreira do referido jogador.
Segundo Serpa, Marquinhos herdou do pai, Pedro Negrinho (craque do Botafogo-PB na década de 1950) o talento com a bola nos pés. Sua carreira começou no time juvenil do Esporte Clube Cabo Branco, nos anos 1970, e logo chamou a atenção do futebol paraibano.
Após tentativas de ingressar em times como Alecrim de Natal, Auto Esporte e Campinense, foi no Botafogo-PB que Marquinhos ganhou notoriedade. Contratado em 1978, assumiu a titularidade e conquistou o título de campeão paraibano logo em sua estreia.
Nos anos seguintes, brilhou no Campeonato Brasileiro em partidas contra Flamengo, Internacional e Fluminense. Contra o Flu, o lateral paraibano marcou um gol memorável após driblar seis jogadores do tricolor carioca.
Em 1980, o Vitória-BA adquiriu seu passe e com o clube rubro-negro, conquistou o Campeonato Baiano, encerrando um longo jejum da equipe. Ainda teve passagem marcante pelo Bangu-RJ, no auge do time comandado por Castor de Andrade, e pelo Náutico, onde foi campeão pernambucano após quase dez anos sem títulos por parte do alvirrubro.
Marquinhos ainda defendeu times como Confiança-SE (onde foi campeão sergipano), Ipiranga-BA, ASA-AL e Capelense-AL. Entre 1988 e 1989, reforçou o Campinense Clube.
A importância de Marquinhos foi reconhecida até por Aimoré Moreira, treinador bicampeão mundial com a Seleção Brasileira no Chile, em 1962, que afirmou em entrevista à Revista Placar que:
“Ele é um jogador extraordinário, o melhor da posição no Nordeste. Possui plenas chances de disputar uma vaga na Seleção”, falou.
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Foto: Divulgação/Botafogo-PB