O atleta Marcelino Santos, popularmente conhecido como Berô, é mais um dos atletas paraibanos que estão se destacando em competições esportivas pelo Brasil. Natural de Campina Grande e irmão de Marcelinho Paraíba, o jovem Berô, de 22 anos, conquistou o cinturão provisório da X1 Brazil no último dia 14, no ginásio Geraldão, localizado no Recife.
Seu adversário na disputa foi o também paraibano Etinho, que já havia vencidos outros três cinturões e, para alguns, chegava como favorito para o tetra. Porém, o irmão de Marcelinho Paraíba não tomou conhecimento do seu conterrâneo, venceu por 10 a 3 e levou para casa o cinturão provisório da maior liga da modalidade do país.
”É uma emoção muito grande. Trabalhei muito por isso, para viver isso, sofri muito para chegar aonde estou aqui, não fácil, mas graças a Deus fui abençoado. Valeu por conquistar tudo que estou conquistando, e vamos por mais”, comemorou o jogador após o fim da partida, no Recife.
Agora, para conseguir a premiação de forma permanente, Berô Paraíba terá que vencer o atual número da X1 Brazil que é o maranhaense L7, que não disputar o confronto da última terça-feira devido a uma lesão. Os dois devem se enfrentar no próximo card, que será disputado em julho.
O que é a X1 Brasil
A X1 Brazil é a liga que profissionalizou as disputas de um contra um, anteriormente disputadas apenas no Recife, com inicio em 2019. Com a chegada da Esportes da Sorte, empresa responsável por impor regras, organizar os eventos e definir o ranking dos atletas, o evento começou a se expandir e chegar a outros estados do Brasil. Se espelhando no MMA e no UFC, a X1 Brazil possui um card de confrontos, onde o jogador tem que ir vencendo jogos e acumulando pontos para se credenciar a disputar o cinturão, que é o objeto de desejo dos atletas da modalidade. Além disso, o evento, que sempre são disputados em ginásios, conta com músicas de entradas, anúncio dos atletas, encaradas e muita provocação. As cidades de Natal, Maceió, Rio de Janeiro, São Paulo e São Luís já receberam o evento.
Marcelinho Paraíba
Nunca é fácil ter um irmão com uma carreira no futebol profissional, tendo que, quase sempre, lidar com as comparações. E quando o irmão é Marcelinho Paraíba, com passagens por grandes clubes do mundo e pela Seleção Brasileira, fica cada vez mais inevitável quando se migra para o mesmo ramo. Segundo Berô, o craque acompanha sua trajetória e, agora que parou de jogar, consegue ficar mais próximo no dia a dia.
Marcelinho Paraíba, inclusive, também já participou de jogos da modalidade. Recentemente, o ex-jogador foi desafiado por Carlinhos Bala para o confronto master de X1. A dupla de veteranos se enfrentou em um desafio realizado no ginásio do Geraldão. Na metade da segunda etapa, Carlinhos Bala acabou se lesionando. Com isso, o duelo terminou sem vencedor. No momento da lesão, o pernambucano vencia o paraibano por 3 a 2.
“Estamos sempre conversando. Ele me apoia bastante, me incentiva, manda mensagens. Quando ele estava no auge era mais difícil, pois estava longe, mas agora estamos mais próximos. Mas quem pensa que tive facilidade por ser irmão do Marcelinho se engana, batalhei muito para chegar até aqui”, disse Berô, sobre relação com o irmão.
Apadrinhamento das casas de apostas
A modalidade é uma pré e outra pós-chegada das casas de apostas. O incentivo financeiro disponibilizado pela empresas fez com que atletas largasse o futebol amador e, em alguns casos, até o profissional para investir na carreira com atleta de x1. Premiações milionárias são entregues a cada jogador que conquista o cinturão. a Esportes da Sorte destina cerca de R$ 50 mil para o campeão de cada evento.
Um caso que chama atenção é o de Matheus Paquetá, irmão de Lucas Paquetá, meia do West Ham. Após se aventurar no futebol profissional, onde passou por Tombense, Boavista-RJ, Monza, entre outros, o carioca decidiu pausar as atividades e entrar na modalidade. No X1, Matheus já disputou vários jogos e conseguiu algumas vitórias. A mais relevante delas aconteceu em Puebla, no México, onde o atleta saiu vencedor do campeonato mundial e faturou R$ 100 mil.