A medalha de bronze conquistada no lançamento de dardo da classe F53 nos Jogos Paralímpicos de Paris teve um significado especial para Cícero Nobre. Durante a prova na capital francesa, o paraibano teve alguns problemas com queima por causa de sua posição na cadeira. Por conta disso, apenas duas de suas seis tentativa valeram. Mesmo assim, ele conseguiu manter a concentração para ficar entre os três melhores da sua categoria.
Cícero atribui o foco que teve na prova aos ensinamentos que seu filho Levi, que ainda não nasceu, já está trazendo a ele. Quando soube que seria pai, o atleta mudou e conseguiu amadurecer mais para ir em busca de sua segunda paralímpica.
De dois anos para cá e com a vinda do Levi, mudei bastante a forma de pensar e agir. Talvez, se fosse há três, quatro anos, eu não teria a cabeça que tive na minha prova. Creio que ele já está vindo para ensinar isso, a saber dosar as coisas, completou o atleta, que tem má-formação congênita bilateral nos pés, contou à Empresa Brasil de Comunicação.
Levi ainda não chegou ao mundo, mas já tem a certeza que vai crescer em uma família que buscará muitas outras conquistas. Cícero pretende levar o seu filho para as competições que disputa junto com sua esposa, Nathália Almeida, que também é atleta paralímpica, no lançamento de dardo e arremesso de peso. E o próximo objetivo já está definido, os Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028.
A gente está se programando para, quando ele [Levi] estiver com seis meses, ela [Nathalia] já viajar para São Paulo e a gente competir. Ela tem o sonho de chegar à seleção de atletismo, pegar uma competição importante, como os Jogos Parapan-Americanos, o Mundial, uma Paralimpíada. E a gente vai trabalhar para isso. O Levi estará presente e não vai atrapalhar nada. Creio que ele só vem somar, afirmou.
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Foto: Silvio Avila/CPB