A diretoria do Fluminense apresentou hoje, em reunião do Conselho Deliberativo, os planos para virar SAF. O tricolor ainda não tem uma proposta em mãos, mas mostrou aos conselheiros o que pensa sobre os passos para conseguir um investidor e os motivos para fazer esse movimento.
“É uma decisão que tem que ser técnica, olhando para o futuro, caso a gente entenda que pode sofrer um esmagamento da nossa competitividade. Os valores subiram muito no futebol brasileiro. Com bets de patrocínios e SAFs, clubes passaram a ser muito mais competitivos. Seguimos competitivos, apesar das dificuldades financeiras”, explicou o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt.
Os dirigentes bateram na tecla: a SAF viria para que o clube pudesse reduzir drasticamente a dívida, mantendo a competitividade.
Os números do clube dão conta de que o passivo do clube no momento está em R$ 850 milhões. Considerando os ativos e os valores a receber, o cálculo de endividamento líquido do Flu está em R$ 145 milhões (ao término de 2024). Os números oficiais do balanço serão publicados ao fim do mês, após auditoria.
O passivo, portanto, é maior que a receita atual do Fluminense. Em 2024, apesar do crescimento, a arrecadação ficou em R$ 653 milhões.
A apresentação da diretoria ressaltou que o atual presidente, Mário Bittencourt, não coloca qualquer condicionante para ser CEO da eventual SAF.
“A prerrogativa é de quem controla o conselho de administração da SAF”, explicou Montenegro.
O clube mostrou ainda o desejo de que o investidor seja um torcedor tricolor, para manter a identidade e o desejo de que o clube ganhe títulos e não esteja preocupado apenas em gerar lucro e dividendos para acionistas.
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Foto: Lucas Merçon/FFC