Diego Falcão se posiciona pela primeira vez após demissão da seleção feminina de basquete
Paraibano publicou um vídeo nas redes sociais falando que não esperava pela sua saída da equipe brasileira
27 de junho de 2024

Diego Falcão se posicionou pela primeira vez após a sua demissão do cargo de preparador físico da seleção brasileira feminina de basquete. Em suas redes sociais, ele publicou um vídeo explicando que foi pego de surpresa com a decisão e afirmou que não vai deixar de defender o seu posicionamento pró-vida.

A saída do paraibano da equipe brasileira foi motivada após postagens contrárias ao aborto, inclusive em casos de estupro. Diego disse que ficou sabendo da sua demissão pelas notícias publicadas na imprensa e que a intenção da suas publicações teriam sido distorcidas por alguns site e pessoas, influenciando as atletas.

O preparador físico falou que o seu desligamento significa a interrupção de um sonho de conquistar uma medalha olímpica e de que a “intolerância religiosa venceu o esporte”.

No vídeo, Diego Falcão ainda afirma que sofreu uma censura e que vai seguir defendendo o seu posicionamento “pró-vida” e sua “ideologia baseada no Evangelho”.

Confira o posicionamento completo de Diego Falcão

Entenda o caso

Diego Falcão foi demitido da seleção brasileira feminina de basquete no último sábado (22). A saída dele aconteceu após uma série de postagens contra o aborto, até mesmo em casos de estupro. As publicações teriam causando um clima desconfortável na equipe, já que as atletas sentiram uma quebra de confiança.

O preparado físico estava na seleção desde 2019 e foi bicampeão nos Jogos Pan-Americanos.

Diego Falcão, ex-preparador físico da seleção feminina de basquete. (Foto: Arquivo Pessoal)

A demissão do paraibano acontece diante de um cenário de bastante polêmica e tensão na Câmara dos Deputados. Um debate público sobre o PL 1.904, da ala mais conservadora do Congresso, que equipara o aborto ao crime de homicídio, mesmo caso a mulher tenha engravidado vítima de um estupro, está em curso e foi aprovado com urgência.

A ideia do PL 1904/24 é que exista punição para situações em que a interrupção da gravidez seja realizada após 22 semanas de gestação. A pena seria equivalente à do crime de homicídio simples: de seis a 20 anos de prisão.

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