Professor Trindade
SEMPRE NA ÁREA

João Trindade é cronista esportivo, com larga experiência. Foi auditor do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba.

Seleção? Que seleção?
12 de setembro de 2024

Entende-se por seleção nacional o conjunto dos hipoteticamente melhores craques de um país, atuando em conjunto, com tática e técnica senão perfeitas, mas dentro de um padrão de qualidade.

Infelizmente, não é o que se tem visto na seleção brasileira, que, a cada dia, despenca nas atuações, apresentando um futebol pífio, digno de pena diante da grandeza que já ostentou.

Sono. Irritação. Raiva. Foi isso o que senti ao ver o péssimo desempenho da seleção brasileira na derrota contra o Paraguai.

Quem já teve Garrincha, Pelé, Gérson, Rivelino, Tostão… Um técnico do quilate de João Saldanha e ver os atuais “craques” da seleção nacional e um comandante que não comanda como Dorival Júnior fica, realmente, com um sentimento estranho, que, na melhor das hipóteses, pode ser traduzido como pena.

Não, não se trata de saudosismo. É a realidade pura.

A seleção brasileira não apresentou qualquer indício de esquema tático; os jogadores, desinteressados e sem habilidade, “patinavam” em campo, perdidos na falta de esquema e sem a habilidade técnica necessária.

Onde a genialidade de Vinícius Júnior? Cadê o futebol de Endrick? Como sempre acontece, “encheram a bola” do rapaz e, na seleção, ele não é sequer a sombra do que apresenta em clubes.

Paquetá, esse éoutro que rodopia, faz aparentes boas jogadas, mas só aparentes mesmo, porque, em geral, não dão em nada.

E o primeiro tempo terminou, com a vitória parcial do Paraguai por 1 x 0, gol de Diego Gomez, com apenas uma bola com perigo de gol em favor da seleção brasileira. Sem inspiração, a equipe não conseguia criar e as jogadas individuais não surtiam efeito. Sofrível atuação.

Vem o segundo tempo. Quem sabe Dorival, com algumas substituições, melhorasse o time. Mas qual o quê!… Cadê aquele brilhante Dorival Júnior que tanta alegria deu à torcida do Flamengo?

E o pior foi saber que o técnico dissera, anteriormente, que o Brasil chegará à final na copa de 2026. Ele deve estar sonhando e não pretende acordar…

A verdade é a que eu sempre digo aqui. Esses jogadores “importados” atuam muito bem nos clubes, mas na seleção não fazem absolutamente nada.

No segundo tempo, a entrada de Luiz Henrique deu um novo “gás” à equipe, queComeçou até bem, fez boas jogadas, mas só ele e nada!

Em que pese a boa jogada da equipe do Paraguai e os maravilhosos dribles de Diego Gomez, bem que daria para Alisson ter evitado o gol, aos 19 da primeira etapa.

Partida encerrada: 1 x 0 para o Paraguai (aliás, eu estava doido que terminasse!). O sono, que vinha desde o primeiro tempo, quase não me deixava terminar.

É… nossa seleção dá sonoe tira o sono do torcedor brasileiro.

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