Repórter do Portal Correio e comentarista do "Correio Esporte", apaixonado por futebol e pelo universo das corridas
As cenas que se seguiram à vitória de Charles Leclerc no GP de Mônaco foram, de fato, emocionantes. O piloto da casa ‘lavou a alma’ com uma vitória em casa, com um fim de semana consistente e que mostra que, de alguma forma, a Ferrari pode entrar na briga pelo campeonato este ano.
A pista de Mônaco é muito criticada por ser estreita e pequena demais ao ponto de praticamente não oferecer pontos de ultrapassagem – fato ainda mais agravado com os carros atuais, que chegam a mais de 5,6m de comprimento e 2m de largura.
Porém, andar rápido e de forma consistente em um circuito cercado de barreiras de proteção e sem área de escape é um feito a ser notado. E assim o fez o monegasco, que não vencia desde o GP da Áustria de 2022.
A vitória colocou Leclerc na vice-liderança do campeonato e também deixou a Ferrari bem próxima da Red Bull no Campeonato de Construtores. Mas, fora isso, também teve um valor muito simbólico, já que um piloto monegasco não vencia nas ruas de Monte Carlo desde 1931 (quando a Fórmula 1 nem existia ainda!), com Louis Chiron.
O triunfo também teve um valor muito sentimental para Leclerc, que disse ter contido as lágrimas ainda durante a corrida por lembrar do pai, falecido em 2017 vítima de câncer. Lágrimas que o príncipe Albert II não segurou ao entregar o troféu de vencedor ao conterrâneo no pódio.
Um GP de Mônaco que certamente não será marcado por grandes duelos na pista, mas por todo o significado que teve em volta dele.