Júlio Silva
Pitstop Arena

Repórter do Portal Correio e comentarista do "Correio Esporte", apaixonado por futebol e pelo universo das corridas

O campeão “renasce”
8 de julho de 2024

Mais de dois anos e meio sem vencer. Derrotado em um dos finais de temporada mais controversos da história da Fórmula 1. Sofre por duas temporadas inteiras com desempenhos pífios a bordo de um carro “mal nascido”. Volta a vencer em casa, diante de milhares e é aclamado pela torcida. Pode parecer enredo de filme, mas foi a história de Lewis Hamilton nesse GP da Grã-Bretanha.

O heptacampeão venceu pela sabedoria e experiência de lidar com as condições climáticas inconstantes no circuito de Silverstone. Contou também com um erro de estratégia de Lando Norris e da McLaren, que não trocaram de pneus intermediários para secos no momento correto e perderam preciosos segundos na luta pela vitória.

Após a bandeirada, um dos momentos mais emblemáticos: depois de passear pela pista carregando a bandeira britânica, Lewis deu um longo abraço no pai, seu principal incentivador na carreira. Ainda de capacete, chorou e com certeza lembrou de tantos momentos difíceis que passaram ainda no início da jornada, no kart. Lágrimas de alegria e, com certeza, de alívio depois do maior jejum de vitórias da carreira – que durou exatos 945 dias.

Hamilton, que já vinha fazendo corridas sólidas nessa temporada – antes desse GP, tinha dois quartos lugares e um pódio, na Espanha, consolidou a sua melhor sequência nas últimas temporadas com essa vitória. A Mercedes também vem em alta, já que havia conquistado a vitória com George Russell no GP da Áustria, e só não conseguiu uma dobradinha no pódio porque o jovem britânico, que largou na pole, teve problemas mecânicos e abandonou a prova.

McLaren vira “segunda força”

A McLaren, apesar de ter tido boas chances de vitória com Norris, não pode sair desse GP reclamando: 3º e 4º lugares, encurtando a distância para a Ferrari para 7 pontos no campeonato de equipes e se firmando como a “segunda força” dessa temporada.

Apesar do pódio, Norris viu a distância para Verstappen aumentar para 84 na classificação do campeonato de pilotos. As chances do tetra de Verstappen permanecem altas, mas o #4 e a equipe inglesa vão garantir que, dessa vez, não será uma conquista fácil para a Red Bull.

A temporada segue no fim de semana dos dias 19, 20 e 21 de julho, no GP da Hungria.

Olho nele…

Após a vitória na corrida principal da Fórmula 2 na Áustria, o brasileiro Gabriel Bortoleto deu mais mostras do que pode fazer na temporada com o 4º lugar na corrida Sprint na Inglaterra.

O brasileiro da Invicta chegaria no pódio se não fosse a punição de 5 segundos aplicada pelos comissários após a saída de pista na última curva, durante a disputa com o companheiro de equipe, o indiano Kush Maini. A vitória ficou com o “garoto sensação” da temporada, Andrea Kimi Antonelli (Prema), que é inclusive cotado para subir para a categoria principal já na próxima temporada.

Com o resultado, Bortoleto mantém a 4ª posição no campeonato de pilotos da F2, três pontos atrás do barbadiano Zane Maloney, da Rodin Motorsports. A próxima etapa da categoria será junto com a F1, na Hungria.