Professor Trindade
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João Trindade é cronista esportivo, com larga experiência. Foi auditor do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba.

Marketing de emboscada
15 de agosto de 2024

Certamente você já ouviu falar em marketing de emboscada e – claro! – ficou curioso para saber o que é.

Em regra, o marketing de emboscada acontece quando uma marca não patrocinadora de um espetáculo, aproveitando-se da repercussão do evento esportivo, “pega carona”, prejudicando os investimentos feitos pelos patrocinadores oficiais e induzindo o público consumidor a associá-los ao espetáculo.

A Lei Geral do Esporte considera que as ações de marketing de emboscada configuram crime, com a previsão de pena de detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa.

Os crimes são classificados como marketing de emboscada por associação ou intrusão:

Ocorre por associação, quando a empresa se aproveita de símbolos, mascotes, imagens ou slogans do evento ou dos patrocinadores, associando-os com o seu produto ou serviço. Já acontece por intrusão, quando há uma invasão direta ou indireta de ambiente publicitário, transmissão ou qualquer espaço de comunicação associado à iniciativa pelo
não patrocinador do evento principal. A conduta causa, evidentemente, prejuízos aos patrocinadores oficiais, que, na maioria das vezes adquirem direitos de exclusividade.

A tipificação desses crimes na ordem jurídica visa a proteger os investimentos de patrocinadores oficiais em eventos esportivos.

Trocando em miúdos

O marketing de emboscada é, na verdade, desonestidade e trapaça. Determinada marca paga dezenas ou centenas de milhões de reais para patrocinar grandes torneios esportivos, enquanto que outras empresas tentam chamar a atenção, desembolsando bem menos do que as patrocinadoras oficiais do evento. 

Em verdade, apesar de constituir crime, esse tipo de marketing é uma prática comum em competições; inclusive em copas do mundo e a FIFA já notificou inúmeros casos brasileiros. Muitas empresas infratoras já foram punidas com multas, mas a FIFA não revela os valores ou a natureza dos casos. O número tende, infelizmente, a aumentar, com o grau de mercantilismo a que chegou o futebol.

Cafu pode perder mansão

Noticia a Folha de São Paulo que o Tribunal de Justiça daquele estado negou o recurso da defesa do ex-craque da seleção brasileira e determinou que a mansão dele vá a leilão,no próximo mês. O imóvel, avaliado em R$ 40 milhões, será para pagar uma dívida que supera R$ 10 milhões.

Ainda segundo a Folha, a mansão de Cafu tem uma área construída de 3.229 m², num terreno de 2.581 m². São quatro andares, seis suítes, e possui piscina, quadra de futebol society, salão de jogos, sala de cinema, sala de troféus, saunas e elevador. O imóvel localiza-se em Alphaville, bairro de alto padrão, na cidade de Barueri, região metropolitana de São Paulo.

O leilão, on-line, foi marcado para o dia 16 de setembro. O lance mínimo para arrematação do imóvel é de 50% do valor dele: R$ 20 milhões.

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