Há alguns dias, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou o tão aguardado calendário do futebol brasileiro de 2025. Um evento natural que, se não fosse por sua importância, mais pareceria um ritual de divulgação, dado o impacto que as decisões da entidade têm no cotidiano dos torcedores. Afinal, 2025 acontece o Super Mundial e, esse vai alterar o curso das principais competições do futebol brasileiro.

Com a exceção dos clubes nordestinos na Série A, que já estão confirmados na próxima temporada: Bahia e Fortaleza; a torcida nordestina, principalmente aos apaixonados pela Copa do Nordeste sentiu o golpe. A omissão por parte da entidade máxima do esporte em relação ao futuro do campeonato mais charmoso do país, foi cruel. A disputa que é símbolo de resistência há mais de décadas, cultura e paixão, ficou reservada a apenas três datas.

A CBF, mais uma vez, nos fez ter a certeza – da forma mais cruel – que o futebol não segue a lógica do coração, mas sim, o papel da burocracia, que traz frieza aos amantes. Mesmo após anos de discussões e agora, com a comprovação da não obrigatoriedadeapós o término da decisão judicial que “forçava” a entidade na organização da competição regional no calendário nacional.

Após os burburinho nas redes sociais, imprensa e afins, Ednaldo Rodrigues, Presidente da CBF, promete divulgar os calendários das duas competições regionais: a Copa do Nordeste e a Copa Verde. Nos bastidores, o dirigente diz querer encerrar a polêmica e as disputas não serão extraídas do calendário, já apertado. É esperar…

O certo é que os clubes nordestinos precisam se unir e buscar soluções, e mesmo com as adequações das datas, o certame precisa – mais uma vez – provar que é forte; o que está em jogo não é apenas uma taça, mas a expressão e resistência de um povo, somos mais de 50 milhões. E não podemos permitir que interesses maiores estendam sua sombra sobre essas conquistas.