A Federação Canadense de Futebol anunciou nesta quinta-feira (25) a suspensão da técnica Bev Priestman do restante das Olimpíadas de Paris após investigações mostrarem que a seleção feminina do país já usava drones para espionagem antes mesmo dos Jogos Olímpicos.
Na quarta-feira (24), o Comitê Olímpico Canadense (COC) anunciou que removeu da delegação canadense de Paris-2024 o analista Joseph Lombardi, que operou um drone para espionar o treino da seleção feminina de futebol da Nova Zelândia, adversária do Canadá nesta quinta -vitória do Canadá por 2 a 1.
O comitê informou que também desligou Jasmine Mander, treinadora assistente de quem Lombardi era subordinado. Em meio à polêmica, a técnica Bev Priestman decidiu se afastar do comando do time da partida de estreia. Mas a Federação achou por bem a suspender de toda a competição. O time será comandado pelo auxiliar técnico Andy Spence.
Na terça-feira (23), o Comitê Olímpico da Nova Zelândia (NZOC, na sigla em inglês) disse ter reportado o incidente com o drone à polícia e ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e afirmou estar “profundamente chocado e decepcionado” com o episódio. Também comunicou que recebeu um pedido de desculpas do comitê canadense, que estaria investigando o episódio.
Além de confirmar a investigação, a instituição canadense informou estar em contato com o COI e com a Fifa e que o time e comissão técnica passarão por um treinamento de ética.
A declaração da Federação Canadense:
“Nas últimas 24 horas, novas informações chegaram ao nosso conhecimento sobre o uso anterior de drones contra adversários, antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. À luz dessas novas revelações, a Federação Canadense decidiu suspender a treinadora principal da seleção feminina de futebol, Bev Priestman, pelo restante dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e até a conclusão da nossa recentemente anunciada revisão externa independente.”