O Botafogo-PB começa mais uma temporada com os mesmos desafios: levantar a taça de campeão paraibano e conquistar o acesso à Série B do Brasileiro. Com um elenco contando com algumas peças remanescentes e com a chegada de jovens jogadores, o técnico João Burse terá a missão de conduzir a equipe na busca por esses objetivos tão almejados pela torcida alvinegra. Após uma pré-temporada que durou mais de 30 dias, o comandante botafoguense começará 2025 com certezas no sistema defensivo, mas com dúvidas no ataque.
Durante a pré-temporada, o Belo disputou três amistosos contra o ABC, Retrô e Serra Branca. Nas partidas diante de adversários que irá enfrentar na Série C (ABC e Retrô) e no Campeonato Paraibano (Serra Branca), o Alvinegro da Estrela Vermelha não sofreu gols. Isto foi um reflexo do encaixe que o sistema defensivo conseguiu apresentar. Mesmo sem Wendel Lomar, o jovem zagueiro Igor Ribeiro mostrou personalidade nos jogos que esteve em campo. Além dele, o remanescente zagueiro Reniê e o lateral-esquerdo Nicolas Schulz também tiveram atuações seguras. O destaque vai para o goleiro Saulo que, com sua experiência, sempre ajudou orientando as jogadas e o posicionamento dos seus companheiros de defesa. Burse parece ainda ter dúvidas sobre quem vai ocupar a lateral direita. Ronaldo perdeu a titularidade no último amistoso contra o Serra Branca. Erick assumiu o seu lugar e conseguiu dar mais ofensividade pelo lado direito do campo.
Se a defesa parece estar mais consolidada, o ataque ainda não. Nos três amistosos, o Belo marcou apenas um gol. O único tento saiu contra o Serra Branca dos pés do volante Igor Maduro. Na pré-temporada, Burse optou por uma formação no 4-3-3, dando preferência para dois pontas de velocidade e um centroavante. No meio, Falcão é o principal responsável pelas criações das jogadas. Mas vale destacar a boa atuação de Gama que, atuando como segundo volante, encontrando bons passes bons longos para o ataque.

Em suas primeiras entrevistas coletivas, Burse destacou que sua equipe iria priorizar um estilo de jogo mais propositivo. Nos amistosos que foram abertos, foi possível perceber que o técnico conseguiu colocar sua filosofia em prática. Diante do Retrô e Serra Branca, o time botafoguense teve mais controle das ações ofensivas e controle de jogo. Um ponto a se destacar é a marcação em pressão alta que a equipe faz. Danilo Mariotto e Falcão ficaram responsáveis por pressionar a saída de bola do adversário.
Outra característica ofensiva que o Botafogo-PB foram as inversões e as triangulações. Mesmo com as boas ideias, o ataque ainda não parece ter encaixado. Nas pontas, Gustavo Ramos e Rafinha conseguem dar profundidade à equipe, mas ainda estão com dificuldades de acertar as triangulações – muitas vezes pela falta de apoio dos laterais – e de criarem boas jogadas para Mariotto.
Alguns jogadores que não começaram como titulares nos jogos-treinos, trouxeram uma boa ‘dor de cabeça’ que foi destacada por João Burse depois da partida contra o Serra Branca. O destaque vai para o atacante Paul Henry e o centroavante Guilherme Santos que deram mais mobilidade ao ataque alvinegro, além do volante Igor Maduro, que flutuou bastante no meio-campo e pisou na área em algumas oportunidades.
Burse já parece ter encontrado uma base que deve começar a temporada 2025 no jogo contra o Maranhão, no próximo sábado (04), às 19h30, no estádio Almeidão. Independente do resultado, o técnico do Botafogo-PB terá algumas respostas do caminho que deverá seguir para alcançar as metas da temporada.
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Foto: Cristiano Santos/Botafogo-PB