Brasil tem pior defesa do G6 rumo à Copa, e Ancelotti começa a mudar por aí
Chegando ao terceiro técnico, a seleção brasileira tem 16 gols sofridos em 15 jogos
Folhapress
6 de junho de 2025

A comemoração de Carlo Ancelotti e de outros jogadores por causa da solidez defensiva do Brasil no empate com o Equador tem uma explicação numérica.

Das seleções atualmente posicionadas no G6 das Eliminatórias da Copa 2026 – ou seja, aquelas que estão com as vagas diretas nas mãos -, o Brasil é quem tem a pior defesa.

Chegando ao terceiro técnico, a seleção brasileira tem 16 gols sofridos em 15 jogos. E esse foi justamente o ponto de partida para correção de rota na gestão do italiano.

“Talvez não tenha sido nosso melhor jogo, mas teve uma evolução de jogos passados. Principalmente no quesito defensivo, a equipe do Equador jogou bem, mas teve poucas chances também”, analisou o zagueiro Marquinhos.

As piores defesas do G6 das eliminatórias

  • Brasil – 16
  • Colômbia* – 14
  • Uruguai – 12
  • Paraguai – 9
  • Argentina – 8
  • Equador – 5

*A Colômbia tem um jogo a menos

O jogo dessa quinta-feira (05) contra o Equador foi apenas o quarto sem levar gols ao longo da instável campanha rumo à Copa do Mundo.

Jogos do Brasil sem tomar gol

  • Peru 0 x 1 Brasil (Fernando Diniz)
  • Brasil 1 x 0 Equador (Dorival Júnior)
  • Brasil 4 x 0 Peru (Dorival Júnior)
  • Equador 0 x 0 Brasil (Carlo Ancelotti)

Quem do G6 que mais se aproxima do desempenho defensivo do Brasil é a Colômbia, com 14 gols sofridos. Os colombianos têm um jogo a menos. Nessa sexta-feira (6), em casa, ainda enfrentam o Peru, mas dificilmente sofrerão dois gols da segunda pior seleção das Eliminatórias.

O cenário sublinha ainda mais o peso do 4 a 1 que o Brasil levou da Argentina – o placar é decisivo para que a defesa da seleção ficasse na pior posição entre as que estão com as vagas da Copa na mão.

Novo desenho tático

Na reorganização do Brasil sob o comando de Ancelotti, já apareceu uma preocupação explícita com a defesa. Não por acaso, o sistema no meio-campo foi alterado em relação aos tempos de Diniz e Dorival. Saiu o 4-4-2 (ou 4-2-4), entrou o 4-3-3.

A formação deixou Casemiro “plantado” na frente da área, o que dificultou chutes mais perigosos de fora da área e também trouxe um jogador com força na bola aérea.

“Uma parte que conseguimos foi a solidez defensiva. Você não sofrer o gol, ajuda a voltar a confiança”, resumiu Casemiro.

O duelo contra o Equador, inclusive, teve um Brasil com menos posse de bola do que o adversário, mas nem por isso o time passou tantos sustos. E olha que a defesa do Brasil teve um estreante. Alexsandro, zagueiro do Lille, agradou Ancelotti na dupla com Marquinhos.

O lateral-direito Vanderson foi o mais vulnerável, mas os companheiros compensaram.

“O que falamos eles tentaram fazer, a nível defensivo fomos muito bem, não concedemos oportunidades claras para um time forte. Poderia controlar melhor o jogo com a bola, mas temos coisas a melhorar contra o Paraguai”, disse Ancelotti, já projetando o próximo compromisso, terça-feira, em São Paulo.

Receba todas as notícias do Arena Correio no Whatsapp

Foto: Divulgação / CBF

Veja também