Botafogo-PB x Flamengo: Gallo admite ‘estranheza’ interna com reações negativas da torcida
Sede do clube chegou a ser alvo de protestos e pichações após aumento no valor dos ingressos
Vitor Oliveira
22 de abril de 2025

O torcedor do Botafogo-PB vem enfrentando uma verdadeira montanha-russa de decisões por parte da SAF que administra o futebol do clube. O confronto contra o Flamengo, válido pela terceira fase da Copa do Brasil, estava inicialmente confirmado para o Almeidão, em João Pessoa. No entanto, após uma série de mudanças, contradições e forte pressão da torcida, a diretoria confirmou, na tarde dessa segunda-feira, a venda do mando de campo. A partida será disputada no Estádio Castelão, em São Luís, no Maranhão, no dia 1º de maio, às 20h.

A condução do caso gerou grande desgaste com os torcedores. Primeiro, a SAF anunciou que manteria o jogo em casa, destinando apenas 10% da carga de ingressos à torcida rubro-negra, conforme previsto no regulamento da CBF. Dias depois, no entanto, a decisão foi alterada: 40% da capacidade do estádio seria destinada ao Flamengo, com toda a Arquibancada Sol sendo ocupada pelos visitantes. Ao mesmo tempo, os ingressos para o setor da torcida do Botafogo-PB foram reajustados com valores que variavam entre R$ 150 e R$ 500, gerando indignação.

A repercussão foi imediata. A sede do clube foi alvo de protestos e pichações, e o Procon-JP chegou a notificar o Belo por conta dos altos preços cobrados.

Em coletiva, o CEO da SAF do Botafogo-PB, Alexandre Gallo, destacou que a repercussão negativa surpreendeu a diretoria.

“Criou-se uma situação, depois que anunciamos que manteríamos o jogo em João Pessoa, bastante desconfortável. Nossa ideia era dar conforto para a nossa torcida, num lado onde comporta 12 mil pessoas, com a torcida adversária do lado oposto. Nos causou uma estranheza muito grande, um desconforto para a gente e para a torcida”, afirmou o dirigente.

Gallo explicou que a decisão de vender o mando de campo foi motivada pela proposta financeira recebida, considerada, de acordo com ele, apesar de não revelar o valor, a maior da história do futebol brasileiro para uma partida desse molde.

Segundo ele, o clube chegou a consultar profissionais que atuam na organização de jogos em outros estados e avaliou que, diante das circunstâncias, somada à repercussão negativa das decisões anteriores, a melhor alternativa seria aceitar a oferta.

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Foto: João Neto / Botafogo-PB

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