Atletas do Botafogo-PB e Zago escancaram falta de sintonia em meio a jejum de vitórias
Belo chegou há um mês sem vencer, e jogadores cobram melhor desempenho dentro de campo
Vitória Soares
12 de maio de 2025

A derrota contra o Floresta intensificou ainda mais a crise no Botafogo-PB. A única vitória do Belo na Série C do Brasileiro foi ainda na primeira rodada, contra o Confiança, há exatamente um mês. De lá para cá, são dois empates e duas derrotas. Se considerar a partida do Flamengo pela Copa do Brasil, a equipe botafoguense soma três partidas seguidas sem vencer, de forma consecutiva. A falta de resultados e o mau desempenho parecem refletir a divergência de discursos entre os jogadores e o técnico Antônio Carlos Zago.

Ainda na saída do campo após o revés, os atletas fizeram fortes cobranças sobre o que vem sendo apresentado dentro de campo. O meia Camilo, por exemplo, falou que o time precisa encontrar uma forma de jogar. A mesma linha de pensamento foi corroborada pelo volante Gama.

“Um jogo dentro de casa, onde a gente tinha que se impor, fazer o resultado para a gente voltar ao G-8, não aconteceu. É ver onde a gente errou, trabalhar essa semana, porque a gente tem dois jogos difíceis fora, contra o Maringá e contra o Flamengo. É trabalhar, levantar a cabeça e continuar, não tem o que fazer (…) A gente tem que encontrar uma forma de jogar. A gente está se encaixando, está trabalhando. Hoje, deu para ver um pouco, a gente conseguiu encaixar, a gente tomou o gol muito cedo”, disse Gama.

Momentos depois, na coletiva de imprensa, foi a vez do técnico Antônio Carlos Zago responder sobre essa falta de compatibilidade de pensamentos entre elenco e comissão técnica. O comandante alvinegro disse que vem explicando detalhadamente sua metodologia de jogo nos treinamentos e dando oportunidades para a maioria dos jogadores entrarem em campo. Na visão dele, apesar das dificuldades que a equipe está apresentando em colocar o que vem sendo treinado nas partidas, o grupo tem conseguido entender as suas ideias.

Se algum jogador comentou isso, eu acho que está errado. Até porque tudo o que a gente durante a semana foi passado para eles através de vídeos, durante os treinamentos, parando o jogo, praticamente posicionando todos ali. Então, tudo vem sendo muito bem explicado, talvez certas situações não saiam como nós queríamos, mas tudo vem sendo muito bem explicado, muito bem passado. Eu acredito que a maioria dos jogadores tiveram a oportunidade de jogar e, na minha opinião, isso é importante. Na semana passada, a gente fez um certo rodízio visando o jogo do Flamengo, no qual nós tivemos três jogos durante uma semana e todos tiveram uma oportunidade de jogar. Na minha opinião, todos procuraram fazer o que nós tínhamos pedido, como eu falei, talvez no campo não saia como no treinamento, até por uma questão de pressão, mas eu acredito que todos estão entendendo e, muito bem, o que a gente vem passando para eles, disse Zago.

Antônio Carlos Zago à beira do gramado no jogo contra o Floresta. (Foto: João Neto/Botafogo-PB)

Mesmo com Zago afirmando que o seu trabalho está sendo entendido pelos jogadores, a reportagem do Arena Correio ainda ouviu outros dois jogadores que relataram a dificuldade que o elenco botafoguense está tendo em entender a filosofia de trabalho do atual técnico do Belo.

Acumulando um jejum de vitórias e se distanciando do G-8 da Série C, o Botafogo-PB terá uma semana cheia de treinamentos antes de encarar uma sequência de dois jogos fora de casa. No próximo domingo (18), o Belo enfrenta o Maringá. Depois, na quarta-feira (21), o time alvinegro joga diante do Flamengo, no Maracanã, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil.

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Foto: João Neto/Botafogo-PB

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