Artur Bolinha renuncia presidência do Treze, junto com diretores, após má fase na Série D
Em nota, dirigentes apontam desgaste e ataques dirigidos a familiares como os principais motivos da saída coletiva
2 de junho de 2025

O presidente do Treze, Artur Bolinha, anunciou nesta segunda-feira (2) sua renúncia ao cargo, juntamente com os vice-presidentes e toda a diretoria. O comunicado oficial aponta o desgaste provocado pela má fase da equipe na Série D do Campeonato Brasileiro e ataques pessoais dirigidos a familiares dos dirigentes como os principais motivos da saída coletiva.

Na nota, Bolinha destacou conquistas administrativas de sua gestão, como a reestruturação financeira, a retomada das categorias de base, a valorização da marca e a volta do clube a competições regionais e nacionais. Mesmo assim, reconheceu que os resultados dentro de campo, especialmente no ano do centenário do clube, ficaram abaixo das expectativas.

“Com os recursos disponíveis, esgotaram-se as alternativas. E quando as críticas ultrapassam o futebol e atingem esposas, pais e filhos de diretores, não faz mais sentido prolongar esse desgaste”, afirmou o agora ex-presidente.

A diretoria informou ainda que o Conselho Deliberativo será notificado para organizar uma transição imediata, com convocação de novas eleições. Segundo a nota, o clube não acumulou novas dívidas durante a atual gestão, está com salários em dia e possui contratos de patrocínio e negociações em andamento com investidores interessados em tornar o Treze uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Confira a íntegra da nota oficial:

O Presidente Artur Bolinha informa a sua renúncia ao cargo de Presidente do Treze Futebol Clube. Os Vice-Presidentes e toda a Diretoria acompanham a decisão.

Esta gestão se iniciou com a conquista de um título importante, em condições extremamente adversas, com uma forte demonstração de união de todos. A partir daí o trabalho continuou com uma reestruturação de várias áreas do clube, gerenciamento de dívida e encaminhamento de recuperação judicial, melhoria de patrimônio, de condições de trabalho para atletas e funcionários, reativação das categorias de base, desenvolvimento de inúmeros negócios, licenciamento de produtos, valorização de marca, recuperação de credibilidade institucional e posição de mercado, e sobretudo retorno a competições regionais e nacionais em condições de competitividade.

Apesar de tudo isso e de todos os esforços, dentro de campo, lamentavelmente, no ano do seu Centenário, esta gestão não tem conseguido os resultados exigidos, e com os recursos que estão disponíveis, esgotou as alternativas que tinha.

Apesar de ser natural que haja crítica ao desempenho, quando este movimento começa a se transformar em ataques pessoais a esposas, pais e principalmente a filhos de Diretores, não faz mais sentido – pra ninguém – prolongar este desgaste. Pelo mesmo motivo que o trabalho começou, por respeito à história do Treze, ele agora se encerra, abrindo caminho para que as soluções que estão sendo propostas pela torcida e por outros segmentos do Clube possam ter espaço.

O Conselho está sendo notificado ainda hoje sobre a necessidade de providências imediatas para uma transição rápida, com novas eleições e o prosseguimento das atividades. O Clube não produziu mais débitos durante este período, a dívida foi estancada, tratada nas condições legais possíveis e será em breve objeto de Assembleia de Credores. As contas serão repassadas desbloqueadas, sem débitos, e com contratos de patrocínio e algumas outras cotas a serem recebidas. Os salários estão em dia. Todos os contatos em andamento com relação a investidores interessados em SAF serão também repassados.

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Foto: Reprodução / Instagram / Artur Bolinha

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