A Seleção Brasileira segue priorizando estádios modernos e arenas da Copa do Mundo de 2014 para sediar seus jogos no país. Nesta terça-feira (10), a equipe enfrenta o Paraguai na Neo Química Arena, em São Paulo, pelas Eliminatórias da Copa de 2026, reforçando essa tendência.
De 2015 a 2024, 39 dos 41 jogos da Seleção no Brasil aconteceram em cidades-sede do Mundial de 2014 — exceção feita a Goiânia e Belém. O foco da CBF está na infraestrutura moderna, na logística e na geração de receitas, segundo especialistas em gestão esportiva.
“A escolha dos estádios reflete uma estratégia que combina experiência qualificada para o torcedor e melhor retorno financeiro”, afirmou Eduardo Corch, do Insper. Já o economista Cesar Grafietti destacou que a logística apertada e o calendário exigente tornam inviável atuar em arenas fora desse padrão.
O Engenhão, no Rio, foi o estádio que mais recebeu jogos da Seleção após 2014, com cinco partidas. Neo Química Arena e Maracanã vêm logo atrás, com quatro. Já estádios como Rei Pelé (Maceió), Morenão (Campo Grande) e Bezerrão (Gama) não receberam mais jogos da equipe principal desde então.
Para Amir Somoggi, da Sports Value, a tendência é irreversível: “Quem não tiver estrutura adequada não voltará a receber a Seleção. O aspecto econômico pesa cada vez mais.”
Enquanto isso, cidades fora do circuito da Copa perdem espaço e conexão com a Seleção. O desafio, segundo especialistas, será equilibrar eficiência com inclusão regional.
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Foto: Staff Images / CBF